Enel divulga dados divergentes e número de casas sem energia aumenta em Cajamar nesta quinta (25)
Boletim atualizado da Enel indica piora na situação elétrica no município. Falta de energia afeta também o abastecimento de água, que segue irregular em Cajamar e parte de Santana de Parnaíba.
A situação dos moradores de Cajamar se agravou nesta quinta-feira (25), com o aumento no número de imóveis sem fornecimento de energia elétrica, conforme atualização da Enel divulgada às 15h57. O novo boletim aponta que 581 clientes estão sem energia na cidade, o que corresponde a 1,24% do total de clientes da concessionária.
Mais cedo, o painel da empresa indicava 341 imóveis afetados, cerca de 0,72% do total. A discrepância entre os dados divulgados ao longo do dia levanta dúvidas sobre a precisão das informações fornecidas pela concessionária. Questionada pela reportagem do Metrópole Regional sobre a variação nos números e a previsão de restabelecimento total do serviço, a Enel ainda não respondeu até o fechamento desta matéria.
A instabilidade no fornecimento de energia elétrica é consequência da tempestade registrada na última segunda-feira (22), que causou quedas de árvores, danos à rede elétrica e interrupções em diversos bairros da cidade.
Além dos apagões, os moradores também lidam com a falta de água, problema que persiste desde o início da semana. O abastecimento pela Sabesp foi comprometido em Cajamar e em parte de Santana de Parnaíba, deixando milhares de residências sem acesso à água potável por quatro dias consecutivos.
Segundo nota divulgada pela empresa de saneamento, a paralisação dos sistemas de bombeamento foi causada diretamente pelas falhas no fornecimento de energia. A previsão da Sabesp é que o serviço comece a ser normalizado apenas no início da noite desta quinta-feira (25). Mesmo assim, moradores relatam receio de que o reabastecimento completo leve ainda mais tempo, especialmente em bairros localizados em regiões mais altas.
Enquanto isso, as dificuldades se acumulam: sem água e com energia instável, famílias enfrentam limitações no preparo de alimentos, higiene pessoal e rotina de trabalho e estudo. “Não temos nem como tomar banho direito. Quatro dias sem água é inaceitável”, relatou uma moradora do bairro Colina Verde.
A Defesa Civil Municipal informou que segue monitorando a situação e reforça que moradores em situação de emergência devem procurar os canais oficiais do órgão ou da prefeitura.
