Francisco Morato lidera casos de estupro de vulneráveis entre as cidades da região

Casos de estupro de vulneráveis lideram registros de violência sexual em cidades dos consórcios CIMBAJU e CIOESTE.

Abril 23, 2025 - 19:26

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Francisco Morato lidera casos de estupro de vulneráveis entre as cidades da região

Delegacia de Polícia de Francisco Morato, um dos municípios da região que lideram o aumento de registros de estupro de vulnerável em 2025. Os casos têm preocupado autoridades e especialistas.

Os casos de estupro de vulneráveis — aqueles que envolvem crianças menores de 14 anos ou pessoas com deficiência mental — representam a imensa maioria das ocorrências de violência sexual registradas em municípios que integram os consórcios CIMBAJU e CIOESTE, na Grande São Paulo. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) e revelam um panorama preocupante envolvendo vítimas em situação de extrema vulnerabilidade.

Em Cajamar, por exemplo, dos 42 casos registrados em 2024, todos envolviam vítimas vulneráveis, o que representa 100% dos registros do tipo na cidade. Em 2025, só entre janeiro e fevereiro, já foram notificados 6 novos casos, número superior ao mesmo período do ano anterior, que contabilizou 4.

Francisco Morato lidera os números da região

Com 79 registros de estupro de vulnerável em 2024, Francisco Morato é a cidade com o maior número absoluto de ocorrências entre os quatro municípios. Em 2025, apenas nos dois primeiros meses, 11 novos casos já foram notificados, sugerindo a manutenção do alto índice.

Em Franco da Rocha, os números também impressionam. Foram 63 registros em 2024, com destaque para os meses de agosto (10 casos) e junho (9). Em 2025, já são 11 casos entre janeiro e fevereiro.

Santana de Parnaíba contabilizou 48 registros em 2024. Em 2025, os dois primeiros meses já somam 6 novos casos — patamar semelhante ao de cidades vizinhas.

Subnotificação é desafio e educação tem papel crucial

De acordo com especialistas em segurança pública e proteção à infância, esses dados ainda podem não retratar a real dimensão do problema, devido à subnotificação. A maioria dos casos ocorre no âmbito familiar, onde a denúncia é mais difícil.

"A escola é, muitas vezes, o primeiro lugar onde os sinais de abuso são percebidos. Professores e profissionais da saúde têm papel essencial na proteção dessas crianças", afirmam especialistas ouvidos pela reportagem do Metrópole Regional.

Apesar dos números alarmantes, o aumento das notificações pode, em parte, refletir maior conscientização social e fortalecimento dos canais de denúncia.